O guapuruvu, ou ficheira, (Schizolobium parahyba) é uma árvore de crescimento impressionante. Ela é apropriada para jardins extensos, assim como parques e praças, modificando em poucos anos a paisagem. Além do aspecto escultural de seu caule e copa, esta bela árvore ainda nos presenteia com uma floração espetacular. Sua madeira é clara, leve e macia, prestando-se para a caixotaria, artesanato, construção civil e fabricação de canoas. Estuda-se também sua utilização como fonte de celulose. É uma espécie pioneira, indicada para recuperação inicial de áreas degradadas. Sua floração é atrativa para as abelhas.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. Planta higrófita, prefere locais úmidos como as margens dos rios e é capaz de tolerar encharcamento.
O nome genérico Schizolobium significa “legume duro”; o nome específico
parahybae se refere ao Rio Paraíba, onde a espécie foi vista pela primeira vez por Vellozo (RODRIGUES, 1997).
Trato com as sementes:
Colheita e beneficiamento: as sementes devem ser coletadas antes da deiscência dos frutos, mas com os pedúnculos já secos (GUERRA et al., 1982).
A produção de frutos do guapuruvu varia de acordo com a exposição da copa aos quatro pontos cardeais e é variável de ano para ano (CÂNDIDO, 1992). A extração da semente é feita manualmente.
Número de sementes por quilo: 500 (PÁSZTOR, 1962/63) a 673 (ALCALAY et al., 1988).
Tratamento para superação da dormência: para superar sua dormência tegumentar, recomendam-se os seguintes tratamentos:
• Imersão em água à temperatura inicial de 65ºC, retirando-se da fonte de calor, com a permanência das sementes por 18 horas na mesma água.
• Imersão por 4 a 10 minutos em água fervente,deixando-se as sementes nesta água, fora do aquecimento, por 72 horas (BIANCHETTI & RAMOS,1981).
• Escarificação manual em material abrasivo, rompendo o tegumento da semente no lado oposto ao hilo (GUERRA et al., 1982).
• Escarificação mecânica, e escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos.
Outros tratamentos recomendados são citados por Bianchetti & Ramos, 1981; Alcalay et al., 1988. Um método prático é deixar as sementes por 2 minutos em água fervente e depois deixá-las na mesma água por 12 horas. Araldi & Amaral (1977) recomendam, para escala
industrial, a escarificação mecânica, que consiste no atrito das sementes contra uma superfície abrasiva, ou a raspagem de uma pequena parte do tegumento (SOUZA CRUZ, 1992).
Longevidade e armazenamento: as sementes do guapuruvu mostram comportamento ortodoxo em relação ao armazenamento. Sementes com faculdade germinativa inicial de 90% mantêm a viabilidade integral por 22 anos, em armazenamento em câmara fria (3ºC a 5ºC e 92% de UR).
Germinação em laboratório: a areia é o melhor substrato para germinação, nas temperaturas de 25 ou 30ºC(RAMOS & BIANCHETTI, 1984).
Fontes:
Circular técnica 104 embrapa- Paulo Ernaini Ramalho Carvalho
http://www.jardineiro.net - banco guapuruvu
Imagens:
http://www.treeworld.info
http://www.treeworld.info